Notícia publicada em 26/11/2025
por Marília Mesquita
A Prefeitura Municipal realizou uma pesquisa sobre o “Perfil do Empreendedor Afro-Indígena de Ouro Preto”, com o objetivo de conhecer e desenvolver políticas públicas que contemplam esse setor da economia. O estudo foi executado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, por meio da Diretoria de Economia Criativa e Solidária.
Conforme os dados, 59% dos entrevistados se declaram pretos e 38%, pardos. Os indígenas representam apenas 3%. Os números mostram que 87% dos empreendedores possuem entre 24 e 54 anos, sendo que 69% são mulheres. Cerca de 30% possuem graduação completa e 62% são naturais de Ouro Preto.
Os bairros com mais empreendimentos são Antônio Dias e Bauxita, locais em que residem a maior parte dos empreendedores. Metade dos entrevistados são formalizados como Microempreendedores Individuais (MEIs) e 28% atuam na cidade entre 3 e 5 anos. As maior concentração de atividades está em Turismo, Artesanato e Projetos Culturais. A coleta das informações ocorreu entre 25 de outubro e 17 de novembro, por meio da aplicação de um questionário online. Participaram da entrevista 32 pessoas.
Para o Diretor de Economia Criativa e Solidária, Luiz Viana, o estudo é importante para melhorar os investimentos junto a esse público. “A pesquisa mostra quais ações o poder público municipal deve priorizar para responder às principais demandas dos empreendedores, além de ajudar a avaliar quais iniciativas implementadas desde a criação da Rimpa-OP têm dado resultado”, explicou.
A Rede Integrada dos Micros e Pequenos Afroempreendedores de Ouro Preto (Rimpa-OP) foi criada em 2023, após o primeiro levantamento voltado exclusivamente para entender as demandas dos (as) afroempreendedores (as) do município. Desde então, ela vem funcionando como espaço de articulação e fortalecimento do setor.
Confira a pesquisa completa aqui.
Texto: Marília Mesquita
Revisão: Greiza Tavares