Estudantes de Ouro Preto conhecem a história da ferrovia no distrito de Engenheiro Corrêa

Mais de 200 alunos da rede municipal de ensino participaram, entre segunda-feira (10) e quarta-feira (12), do Programa Estação de Memória, realizado na Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa. A iniciativa promoveu uma imersão na história da ferrovia ouro-pretana e reforçou o vínculo das comunidades distritais com o patrimônio cultural. Para garantir acessibilidade, a visita contou com intérprete de Libras, apostilas em braille e monitores especializados para atendimento a pessoas com deficiência necessidades específicas.

“Engenheiro Corrêa é patrimônio de Ouro Preto. E, para valorizar, é preciso conhecer. Este programa representa o início de uma nova fase: o reconhecimento das nossas raízes e riquezas”, ressaltou a vice-prefeita Regina Braga, que é natural da localidade. Participaram do programa os estudantes das escolas Benedito Xavier (Glaura), Dr. Alves de Brito (Rodrigo Silva), Monsenhor Rafael (Miguel Burnier), José Estevam Braga (Engenheiro Corrêa) e Doutor Pedrosa (Santo Antônio do Leite).

Para o diretor da Holofote Cultural e coordenador geral do projeto, Gilson Martins, a iniciativa cumpre com uma função social. “No campo cultural, a contrapartida social é o que dá sentido ao investimento público e privado. É o que devolve à comunidade o acesso, o conhecimento e o orgulho do seu próprio patrimônio. Com essa ação, conseguimos aproximar professores e alunos da história da ferrovia, em um momento de aprendizado e emoção”, disse.

Durante a atividade foi exibido um documentário produzido pela Macaca Filmes, com depoimentos de antigos ferroviários e moradores locais. O material retrata memórias e transformações vividas ao longo do tempo, conectando gerações. Em seguida, os alunos fizeram uma visita guiada na Estação Ferroviária e ficaram surpresos em ver, pela primeira vez, os trilhos e a antiga caixa de água da Maria Fumaça.

Álbum de figurinha

O encontro também marcou a entrega do álbum de figurinhas do programa de educação patrimonial “Ouro Preto, o Meu Lugar”, que apresenta a trajetória e as curiosidades do distrito de Engenheiro Corrêa em formato lúdico e pedagógico. De acordo com a diretora da Casa do Professor, Karen Vasconcelos, o álbum de figurinhas é um instrumento de educação patrimonial que estimula o interesse dos jovens pela história local.

Para o professor Alexandre Cândido Soares, da E. M. Doutor Pedrosa, a visita foi transformadora. “Mostrou aos alunos a importância histórica de Engenheiro Corrêa. Muitos não sabiam o quanto a ferrovia influenciou na formação da nossa região”, destacou. O Programa Estação de Memória integra as ações de Restauração da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, com patrocínio da Herculano Mineração e da J. Mendes, via Lei Rouanet. A gestão é da Holofote Cultural, apoio da Prefeitura de Ouro Preto e realização do Ministério da Cultura, do Governo Federal.

 

Revisão: Victor Stutz