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Ouro Preto é o primeiro município de Minas Gerais a ter Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP)


O ZAP foi aprovado por Comitê Gesto e orienta sobre características do solo e da água, apontando melhor desenvolvimento agropecuário no município

Notícia publicada em 17/06/2025
por Marília Mesquita


Imagem: Divulgação/ PMOP

Ouro Preto é o primeiro município do estado a ter o estudo de Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP) aprovado pelo Comitê Gestor de Minas Gerais. O instrumento é uma importante ferramenta para a ampliação do desenvolvimento agropecuário, adequação ambiental e sustentabilidade de bacias hidrográficas. O parecer foi concedido em 27 de maio, em Belo Horizonte, após o empenho da Prefeitura Municipal.

“Com essa ferramenta, nós poderemos ver quais regiões da cidade podem desenvolver mais a agricultura e que tipo de plantação é mais adequada para o local. Com isso, os nossos produtores garantem qualidade nos produtos e preservam a água, por exemplo”, explica o secretário de Agricultura, Sebastião Bonifácio. O ZAP de Ouro Preto, foi desenvolvido em uma ação conjunta das secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

“Enquanto no país, às vezes, as duas pastas não conversam, aqui, seguimos trabalhando, primando pela agricultura familiar e pelo desenvolvimento ambiental sustentável”, ressalta a secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Francisco de Assis. Segundo o gestor, esse é mais um mecanismo de atuação em prol da natureza. A partir das informações proporcionadas pelo ZAP, o município poderá melhorar a gestão territorial, hídrica e ambiental, promovendo o uso adequado dos recursos naturais disponíveis.

De acordo com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, o ZAP é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento agrícola sustentável. “Com essas informações, Ouro Preto passa a contar com uma base técnica para melhorar a gestão ambiental e fomentar, principalmente, uma agricultura mais produtiva, sustentável e alinhada às características do seu território”, destacou.

O superintendente de Gestão Territorial e Instrumentos Econômicos (SGTA) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ricardo Campelo, concorda que o ZAP auxilia no planejamento produtivo da cidade. “Ele evita conflitos pelo uso do solo, ao identificar áreas mais adequadas no município para diferentes atividades. Além disso, o gerencia os recursos hídricos do município, uma vez que proporciona a avaliação do potencial de água de cada região, assim como, fomenta o uso sustentável de práticas mais adequadas para as atividades agrícolas e pecuárias que ocorrem no município”, esclarece.

ZAP em Ouro Preto

O ZAP em Ouro Preto abrange onze sub-bacias hidrográficas: Alto Ribeirão Mata Porcos, Alto Ribeirão Soledade, Alto Rio das Velhas, Alto Rio do Carmo, Alto Rio Gualaxo do Norte, Alto Rio Piracicaba, córrego Pires Velhos, córrego Água Santa, rio Macaquinhos, rio Mainart e o ribeirão Manja Léguas. 

Instituído pelo Decreto Estadual nº 46.650/ 2014, o ZAP é feito pela concepção de três produtos básicos: o mapeamento do uso e ocupação da terra; a avaliação da pressão hídrica superficial (que analisa como a água se comporta em diferentes condições e como interage com outros materiais); e a definição das unidades de paisagem (considerando relevo, solo, clima e vegetação semelhantes).

 

Texto: Sarah Moreira

Revisão: Greiza Tavares

 

 

 

 


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