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Diogo de Vasconcelos: 180 anos do importante historiador mineiro

Notícia publicada em 02/05/2023
por Vanência Magela


Diogo de Vasconcelos na chácara da Água Limpa.
Imagem: Acervo de família

Neste mês de maio, é celebrado os 180 anos de Diogo de Vasconcelos, um dos primeiros e mais importantes estudiosos da história mineira. Em território ouro-pretano, seu nome é referenciado, como na rua onde está localizado o prédio da Reitoria da UFOP e, também, o Centro de Artes e Convenções.

O prefeito Angelo Oswaldo reverenciou a memória do notável historiador que, segundo o prefeito, "se faz presente por ser a base fundamental da história de Minas Gerais e de Ouro Preto, e é em suas páginas que encontramos, de forma luminosa, as referências substantivas do nosso passado".

Diogo nasceu em Mariana, em 8 de maio de 1843 e residia na Chácara da Água Limpa, imóvel restaurado pela Prefeitura de Ouro Preto, onde hoje funciona o CAPS. Seu falecimento ocorreu em Belo Horizonte em 1927. Advogado de formação e profissão, ocupou um amplo leque de posições. Sua atuação na política vem de berço, sua família possuia grande participação, desempenhando movimentos desde o Brasil Colônia até a República Velha.

Segundo a biografia de Diogo, publicada pelo Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, da Faculdade de Direito de São Paulo, ele foi fortemente influenciado pelo liberalismo e tornou- se famoso por atitudes reacionárias. Justiça seja feita, como advogado, era abolicionista e recusava defender causas em favor de senhores de escravos. Extremamente culto, como orador, era considerado imbatível e temido por seus adversários, que mal ousavam se contrapor a ele, na tribuna.

Considerado conservador, defendeu ativamente a Igreja, recebendo do Papa o título de Visconde. Na política, participou ativamente da história mineira, foi secretário de dois presidentes da Província e deputado na Assembleia Geral por seis anos. Nesse período, participou de debates sobre a questão religiosa, sempre favorável aos bispos, e, por fim, foi deputado na Assembleia Provincial de 1878 a 1885.

Em Ouro Preto, Diogo de Vasconcelos ocupou a presidência da Câmara, onde atuou como agente executivo, com participação efetiva em vários processos que envolviam o progresso e o ordenamento da cidade, e que contribuíram concretamente para avanços na região. Ademais, realizou vários feitos no distrito de Amarantina, revivendo a quase extinta cavalhada, tradição marcante do distrito até os dias atuais. Ressalta-se que os moradores de Amarantina, durante o último quartel do século XIX, endereçaram uma carta comovente de agradecimento a Diogo de Vasconcelos.



Texto de Kátia Nunes Campos, historiadora ouro-pretana e descendente de Diogo de Vasconcelos com modificações de Isabella de Paula. Revisão: Victor Stutz

 


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