No Mês da Mulher, várias atividades estão sendo desenvolvidas pela Prefeitura de Ouro Preto. Na quarta-feira, 15 de março, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do São Cristóvão realizou uma dinâmica, seguida de uma roda de conversa com o tema “Mulher: força que vem da sensibilidade”.

A dinâmica, também nomeada de mística, foi conduzida pela estagiária em Pedagogia do CRAS, Ana Luiza Conrado, e enfatizou o empoderamento feminino, as lutas individuais e coletivas, além das potencialidades desse público. Foi realizada uma apresentação sobre algumas mulheres que lutaram por causas sociais, como Dorothy Stang, Marielle Franco e Margarida Alves, que deixaram um legado para a história e para a sociedade. “Uma mística é uma encenação, é teatral, e sempre traz um recado, estimulando a interpretação”, explica Ana Luiza.

Em seguida, a psicóloga e mestre em Educação, Lidiane Silva Maria, iniciou a roda de conversa apresentando os conceitos do símbolo feminino, e explanou sobre o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, e sobre terminologias como sexo, gênero, identidade de gênero e sexualidade. Em seguida, a psicóloga leu o conto literário “O Barba-azul” e promoveu a reflexão, com estímulo à participação das mulheres por meio de suas próprias experiências.

“Os personagens e elementos do conto representam gatilhos, que possibilitam interpretar aspectos da nossa própria psique, para entender como podemos enfrentar determinadas situações e acionar a nossa força interna. Tudo começa dentro de nós”, ressalta a psicóloga.

O “Barba-azul” é um personagem do conto clássico de Charles Perrault. A narrativa aponta para um desfecho trágico, mas a coragem da mulher muda a trajetória dos envolvidos.

“A mulher pode e deve utilizar seus próprios recursos como intuição, observação, sabedoria e sensibilidade, e se posicionar diante das situações da vida", conclui Lidiane Maria.

Texto: Juliana Rodrigues / Revisão: Victor Stutz

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