Notícia publicada em 19/08/2025
por Davi Saporetti
O “Sextas Abertas”, realizado pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), por meio de seu Núcleo de Arte e Ofícios, traz, na próxima edição, 22/08, uma aula aberta e a exibição de um documentário, frutos do projeto “As cores originais”, sob a coordenação dos arquitetos Fernando Cardoso e Adelaide Dias, diretores da “A Pique Arquitetura e Memória”. Eles realizaram, em parceria com a Ambiental Projetos e Pesquisas, e com o apoio da Plataforma Semente, uma pesquisa que resgatou a história das inúmeras camadas de cores escondidas por trás dos revestimentos originais das fachadas do Centro Histórico de Ouro Preto, num grande resgate da memória e da cultura ouro-pretana ao longo dos séculos.O projeto SEXTAS ABERTAS - EDIÇÃO 2025 é patrocinado pela CEMIG, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.
Com idealização e co-realização da FAOP | Fundação de Arte de Ouro Preto, apoio do Instituto Território Criativo e realização da IRENI - Inteligência em Eventos, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Governo de Minas Gerais.
A motivação para o projeto “As Cores Originais” partiu da necessidade de evidenciar a riqueza da cultura construtiva de Ouro Preto e de fundamentar futuros processos de tomada de decisão em relação à preservação do patrimônio arquitetônico da cidade, em especial no que se refere às cores das fachadas. Durante a pesquisa, foi consultado um vasto acervo documental, foram realizadas entrevistas com moradores e prospecções estratigráficas em, aproximadamente, 100 edificações, para registro preciso das cores das antigas camadas de pintura. A pesquisa gerou um dossiê a ser entregue ao IPHAN, um livro que conta a história dos pigmentos e das cores originais de Ouro Preto, e um documentário que aborda as diversas dimensões das cores da cidade.
Fernando destaca que na aula aberta a ser realizada no “Sextas Abertas”, a equipe vai recapitular toda a trajetória do projeto, com suas diversas descobertas, finalizando com a exibição do documentário 'As cores originais de Ouro Preto'. “Durante todo esse processo, percebemos o quanto a pesquisa foi acolhida pela população, no sentido da valorização do patrimônio que está na memória afetiva dessas pessoas. Levar para mais gente os resultados desse trabalho é de extrema importância, pois promove o diálogo acerca de quais cores efetivamente fazem parte do conjunto arquitetônico da cidade.”, declara o arquiteto.
A quarta edição de 2025 do Projeto “Sextas Abertas” acontece na Sede do Núcleo de Arte e Ofícios da FAOP, no Antônio Dias, a partir de 9h, com as oficinas gratuitas, e se estende até as 23h, com apresentação de performance de graffiti ao vivo ao longo da tarde, exibição do documentário, show, baile charme e a tradicional feira de arte, artesanato e gastronomia do “Sextas”.Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia. Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação. Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.
SERVIÇO:
PROJETO SEXTAS ABERTAS - EDIÇÃO 2025
Próxima edição: 22/08, na FAOP Antônio Dias, das 9h às 22
Instagram: @sextasabertas
PROGRAMAÇÃO:
NO NÚCLEO DE ARTE & OFÍCIOS DA FAOP (Praça Antônio Dias, 80)
MANHÃ
9 às 12h – Oficina “CORES DA TERRA: TINTAS NATURAIS E PINTURA CORPORAL”, com LAIS YUMI – público em geral
9 às 12h – Aula Aberta “AS TERRAS COLORIDAS DE OURO PRETO” – PARTE I (trajetória da pesquisa e mostra de pigmentos), com A PIQUE ARQUITETURA E MEMÓRIA – a partir de 16 anos
9h30 às 11h – Oficina de “INTRODUÇÃO AO BEATBOX (RITMO COM A BOCA) – UM FRAGMENTO DA CULTURA HIP-HOP”, com CIGANO – a partir de 11 anos
TARDE
13h às 17h – Oficina de Culinária “CANJIQUINHA COM COSTELINHA DE PORCO, CALDO DE COSTELA E CALDO DE ABÓBORA COM PALMITO”, com TÊKO (Presidente da FAOP) – a partir de 16 anos
13h às 17h – Oficina de “PRODUÇÃO AUDIOVISUAL” (pré-produção, produção, pós-produção, projeto, equipe, recursos), com MARIA LETÍCIA e SAMUEL FRANÇA – a partir de 16 anos
14h às 17h – Aula Aberta “AS TERRAS COLORIDAS DE OURO PRETO” – PARTE II (caminhada pelo Centro Histórico para apresentação das camadas pictóricas), com A PIQUE ARQUITETURA E MEMÓRIA – a partir de 16 anos
15h às 17h – Palestra “A CERÂMICA DO VALE DO JEQUITINHONHA – do processo produtivo à conservação e restauração de uma peça arqueológica”, com o conservador-restaurador e pesquisador do Patrimônio Cultural Brasileiro AGESILAU NEIVA ALMADA – a partir de 16 anos
NA PRAÇA ANTÔNIO DIAS
A partir das 14h – “A LIBERDADE DA CIDADE” – performance de graffiti ao vivo, com IOLANDA LEIKO, acompanhada de roda de conversa sobre arte urbana, cidade, pertencimento e patrimônio
A partir das 16h – FEIRA DE ARTE, ARTESANATO e GASTRONOMIA
17h30 – Exibição do Documentário “AS CORES ORIGINAIS: UM ESTUDO SOBRE OURO PRETO”, produzido pela A PIQUE ARQUITETURA E MEMÓRIA
19h – SHOW com EZKIEL
21h – BAILE CHARME ÉBANO – 7ª Edição