Texto: Davi Saporetti/ Revisão: Patrick de Araújo

Em celebração aos seus 255 anos de fundação, o Teatro Municipal de Ouro Preto, mais conhecido como Casa da Ópera, receberá nos dias 06 e 07 de junho, apresentações artísticas a fim de comemorar sua longevidade que perdura por mais de dois séculos e meio. Ambas apresentações estão marcadas para às 20h, serão gratuitas e por ordem de chegada. 

O Teatro em atividade mais antigo das Américas, que já recebeu nomes como o dos poetas Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, tem importância ímpar para a história de Ouro Preto e de Minas Gerais. Construído em 1769 e inaugurado em 1770 por João de Souza Lisboa, a Casa da Ópera é marcada por ser um palco atemporal que preserva a história da Antiga Vila Rica, como retrata Roberto Sussuca, diretor do espaço:

“A importância deste teatro dentro do contexto da arte e da cultura brasileira é o fato de ser o único exemplar existente do século XVIII em atividade. Não temos notícia da existência de nenhum dos outros teatros.”

O teatro, com espaço para receber 300 pessoas, é dividido em plateia, camarote, frisas e galerias, o que antigamente fazia uma espécie de divisão socioeconômica da plateia. Nos dias atuais, desempenha um papel de provedor cultural para todo o público, onde o foco é artístico e histórico. 

Na próxima sexta-feira, 06 de junho, a casa recebe o primeiro espetáculo da celebração dos 255 anos de história. Trata-se da peça: Duo Sangue Latino: tangos, choros e outras bossas, exibida por Gustavo Fechus e André Vitorino. A apresentação tem início previsto para às 20h e a entrada é gratuita e por ordem de chegada. Já no sábado, 07 de junho, seguindo os mesmos moldes organizacionais do primeiro evento, é a vez de acontecer uma homenagem à Fernando Pessoa, dirigido e exibido por  Luciano Luppi e Bruna Guimarães

A comemoração pelos 255 anos da Casa da Ópera reforça não apenas a importância histórica e arquitetônica do teatro, mas também seu papel contínuo na promoção da cultura e das artes em Minas Gerais. Com programação acessível e diversificada, o espaço reafirma sua vocação de ser um palco vivo da memória e da expressão artística brasileira.