O coral Francisco Gomes da Rocha foi fundado na década de 70 e se caracteriza por possuir duas fases. A primeira fase, assim descrita por Alindo Alves Filho, se refere á época de formação do coral e, o próposito de sua criação se relacionava com as missas e domingo. O coral foi instituído para cantas todos os domingos na matriz do Pilar. De acordo com Filho, a frequência do coral nas missas de domingo durou muitos anos, no entanto, o coral fez uma pausa de 2 anos. Logo depois, o coral restornou as suas atividades com outra proposta, a pedido do Padre Simões. A segunda faase do coral Francisco Gomes da Rocha se caracterizou pelo o fim da limitação da prática do coro apenas nas missas de domingo e, a partir desse momento, o coral ficou responsavél por todo o movimento musical da Paróquia do Pilar- eles passaram a ser responsavéis pelo canto na Semana Santa, dos cantos das missas e das novenas. Nesse sentido, Alcindo Alves Filho passou a assumir o papel de maestro do coral.
Dentre o repertório do coral se encontram nomes da música barroca mineira quanto os clássicos europeus e, todo o canto coral, durante as missas, tem que estar de acordo com a liturgia da Igreja. Há uma preocupação, por parte do coral, em cantar todas as músicas, a serem repercutidas na missa, em latim e, o próprio maestro, em alguns momentos, possui a liberdade de escolher qual música será cantada em determinado evento. Sobre as apresentações, por mais que o coral seja da Igreja do Pilar, ele não se limita apenas a esse espaço. Ele já se apresentou em casamentos e outros tipos de eventos em regiões em Minas Gerais.
O nome do coral é uma homenagem a Francisco Gomes da Rocha (Vila Rica, c.1754- idem, 1808) um dos principais representantes da música colonial mineira. Tendo atuado como cantor (contralto), regente, fagotista, timbaleiro do Regimento de Dragões da Vila Rica em que teve como companheiro o Alferes Tiradentes e sucessor de Lobo de Mesquita no cargo de regente e organista da Ordem Terceira do Carmo. Além de exercer as funções de escrivão e tesoureiro das Irmandades da Boa Morte desde 1766 e na de São José dos Homens Pardos e irmão da Ordem dos Mínimos de São Francisco. Segundo Paulo Castanha apenas 5 de suas obras sobreviveram ao tempo, dentre as cerca de 200 que teria composto: Invitatorio a 4, Novena de Nossa Senhora do Pilar ( a quatro vozes, violinos, viola, trompas e baixo), em homenagem á padroeira de Ouro Preto, o Spiiritus Domini a 8 (1795) o vidi acquam a 4 (s/d) e o vidi acquaman a 8 (s/d).