As raízes da “Casa de Gonzaga”, tão estreitamente ligadas ao movimento histórico da Inconfidência Mineira, sobretudo pela atuação de Tomás Antônio de Gonzaga, jurista, poeta e inconfidente, que viveu nesta casa de 1782 a 1788, se configura hoje como um ponto turístico relevante para o entendimento do período histórico, politico e cultural de Vila Rica, século XVIII.
Construção em estilo colonial, idealizada como residência, tornou-se depois um edifício público. A casa é um dos prováveis locais em que se reuniram os inconfidentes, homens que planejavam a separação de Minas Gerais da Coroa Portuguesa e também idealizavam a criação de uma República.
Após a prisão de Tomás Antônio Gonzaga (1789) e durante as primeiras décadas do século XIX, o casarão funcionou como Ouvidoria até a extinção do cargo de ouvidor, em 1823, quando passou a sediar a Chefatura de Polícia. Com a mudança da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte, em 1897, abrigou a Delegacia Fiscal do Tesouro Federal, que nela funcionou até 1903.
Durante o século XX, a casa, então pertencente à União, teve diferentes ocupações: uma das mais importantes, no entanto, foi pelo Instituto Histórico de Ouro Preto (IHOP), fundado em 29 de agosto de 1931, sob a direção do Sr. Vicente Racioppi, objetivando reunir materiais referentes à história da cidade. A partir de 1945, a casa passou para a responsabilidade do Ministério da Educação, sendo utilizada pelos alunos do Curso Técnico de Mineração e Metalurgia, funcionando até a década de 1960. Após, foi instalado no térreo, um Posto de Saúde.
Em 1968, a Prefeitura Municipal de Ouro Preto solicitou a cessão do imóvel da União ao Município, pretendendo instalar o Departamento Municipal de Turismo e uma Biblioteca Pública Municipal. Somente em 1974, a casa foi cedida definitivamente à Prefeitura Municipal de Ouro Preto, permanecendo até hoje em seu poder.
Considerando o valor histórico, arquitetônico e estético do imóvel, bem como sua vocação turística, a “Casa de Gonzaga” se configura, na atualidade, como um local público dinâmico, apresentando espaços de memórias, jardins suspensos que encantam e contam histórias, além de abrigar setores da administração municipal ligadas à Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio.
Sobre Tomás Antônio Gonzaga
Tomás Antônio Gonzaga, poeta magistrado que viveu durante alguns anos na casa no período do Brasil Colônia. Foi autor de uma das mais conhecidas histórias de amor das alterosas, do movimento arcardista da Literatura Brasileira, quando utilizando o pseudônimo Dirceu, escrevia belos e famosos poemas para sua musa inspiradora Marília, na obra: Marília de Dirceu.
Entrada gratuita.
A recepção é ponto de carimbo do passaporte da Estrada Real, fornece informações turísticas e mapa gratuito da cidade.