O abastecimento de água foi um problema no período colonial, principalmente nas cidades mais importantes, em que eram poucas as residências que dispunham de instalações de água corrente. Porém, em regiões de serra como Minas, havia grande abundância de nascentes, de “olhos d’água”, o que dava, em algumas casas, a facilidade do abastecimento doméstico. Em Vila Rica, dependendo de sua localização, algumas delas eram servidas por água nascente em seus próprios quintais.

Entretanto, o meio mais comum de abastecimento de água era através dos chafarizes públicos, existentes em todas as localidades mais importantes. Nesses locais, os africanos escravizados vinham abastecer os vasilhames que carregavam sobre as cabeças e levavam às casas dos senhores. Segundo a antiga tradição portuguesa medieval, a água era canalizada para uma construção e distribuída por bicas ou carrancas, jorrando dia e noite e sendo recolhida num tanque, que servia também como bebedouro de animais.

O chafariz, hoje localizado no bairro Pilar, foi transferido do bairro Padre Faria no ano de 1848. O monumento passou por restauração completa no ano de 2003 e já foi danificado por dois acidentes com caminhões, um em 2002 e outro em 2003. Trazendo elementos característicos da arquitetura barroca, o chafariz possui tanque horizontal, pinhas laterais e duas carrancas com bicas.

O chafariz original do Pilar ficava próximo à ponte de Ouro Preto (atualmente no bairro Padre Faria), não no adro da Matriz, sendo por isso mesmo conhecido como Chafariz da Ponte de Ouro Preto.

Datando provavelmente da primeira metade do século XVIII, entre 1733 e 1740, época do Triunfo Eucarístico e da reinauguração da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, pouco se sabe sobre os detalhes de sua construção, porém, encontramos alguns documentos que possivelmente se referem ao mesmo.