Localizado no Largo de Marília, anexo ao Clube XV de Novembro, defronte à Ponte de Antônio Dias encontra-se o Chafariz de Marília. Construído a mando do Senado da Câmara de Vila Rica, sua obra foi arrematada, em 1758, por Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, mas foi iniciada em 1759.
O Chafariz do Largo de Marília, também conhecido como Chafariz da Ponte de Antônio Dias, foi denominado "Chafariz de Marília" por estar localizado próximo à casa em que residiu Maria Dorotéia Joaquina de Seixas Brandão, a Marília de Dirceu, a musa inspiradora dos poemas do árcade Tomaz Antônio Gonzaga. Atualmente, no local onde antes residiu a família Seixas Brandão, funciona uma escola pública, a "Escola Estadual Marília de Dirceu".
A obra do chafariz é tipicamente barroca, apresentando vários elementos que remetem ao estilo - como conchas, volutas e folhas de acanto. O monumento é considerado um dos mais importantes e bem compostos chafarizes do Brasil. Instalado num paredão, o corpo principal é emoldurado por volutas. Também ornamentada, a bica conta com quatro ramais, a água jorra da boca de quatro carrancas de bronze e cai em uma pia raiada.
Edificado em pedras de cantaria e canga, do tipo parietal, utiliza partido frontal à moda das fontes rústicas italianas. De aspecto colonial, é composto à feição de um pórtico, ladeado por dois simulacros de pilares em cantaria com capitéis e fustes arrematados com elementos curvos em voltas e contravoltas e finalizados nas extremidades por volutas. O painel central, encimado pela concha barroca, e abaixo tem quatro carrancas, todas emolduradas por golas e cabeleiras diferenciadas esculpidas na mesma peça das respectivas carrancas de onde a água jorra nos quatro bojos inferiores.