No período colonial, o abastecimento de água sempre foi um problema, principalmente nas cidades mais importantes, em que eram poucas as residências que dispunham de instalações de água corrente. Porém, em regiões de serra como Minas, havia grande abundância de nascentes, de “olhos d’água”, o que dava, em algumas casas, a facilidade do abastecimento doméstico. Em Vila Rica, dependendo de sua localização, algumas delas eram servidas por água nascente em seus próprios quintais.
Entretanto, o meio mais comum de abastecimento de água era através dos chafarizes públicos, existentes em todas as localidades mais importantes. Nesses locais, os africanos escravizados vinham abastecer os vasilhames que carregavam sobre as cabeças e levavam às casas dos senhores. Segundo a antiga tradição portuguesa medieval, a água era canalizada para uma construção e distribuída por bicas ou carrancas, jorrando dia e noite e sendo recolhida num tanque, que servia também como bebedouro de animais.
Localizado na Praça Amadeu Barbosa, está o Chafariz da Barra, de provável construção datando entre o final do século XVIII e início do XIX. O logradouro homenageia o engenheiro que na década de 1950 foi prefeito de Ouro Preto.
Não há muitas informações a respeito deste chafariz, conseqüência da escassa documentação. Ele é composto de um paredão ladeado de duas pilastras com base, fuste e capitel arrematada em verga reta. Ao centro, em baixo relevo, arco pleno em alvenaria de pedra rebocada. Suas três bicas estão secas e sua bacia circular possui elementos ornamentais em forma de pétalas, apoiando-se sobre pedestal cilíndrico abaulado. Possui muro parapeito, ao fundo, que também serve de banco, e um muro divisório, em alvenaria de pedra canga. Seu entorno é formado por um pátio calçado, obedecendo a formas geométricas interessantes como um tabuleiro de xadrez.