No Distrito de Antônio Pereira foi erguida em 1716 a primitiva Capela devotada a Nossa Senhora da Conceição, que logo em 1720 se tornaria a Igreja Matriz da localidade.
Da igreja erguida com pompa no início do século XVIII, ornada em ouro, restou apenas a fachada. Era imponente, se destacava logo na entrada do povoado. Foi incendiada em 1830 e até hoje a causa do incêndio é desconhecida. Não se sabe se foi acidental ou proposital. Há duas versões sobre o incêndio, passadas oralmente por gerações. Uma dessas versões diz que a igreja foi roubada por um viajante que entrou na calada da noite na igreja, retirou tudo que pôde em ouro, colocou fogo e fugiu em seguida.
Outra versão diz que o incêndio foi provocado por uma vela esquecida pelo sacristão, de nome Roque. Como boa parte da ornamentação da igreja era em madeira, o incêndio se alastrou com rapidez, destruindo todo o templo. Segundo a tradição oral, o sacristão chegou a ser detido pelas autoridades da época, pelo fato. Mas nenhuma das duas versões citadas foi comprovada até hoje.
A igreja foi destruída e reconstruí-la não seria tarefa difícil para os moradores da vila, mas optaram por deixar como estava. Isso devido a um fato marcante para os moradores de Antônio Pereira na época, envolvendo Nossa Senhora da Conceição.
Segundo a tradição oral, a Santa saia de sua igreja e aparecia numa gruta próxima a sua igreja, por isso era chamada de Nossa Senhora da Lapa. Quando a igreja foi queimada, a imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada no interior da gruta, intacta. Entenderam assim os fiéis que a santa queria ficar neste local.
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