Você sabia que existe um código dentro da constituição federal brasileira que garante os direitos dos consumidores? Sim, ele existe! O código de defesa do consumidor visa proteger os cidadãos em suas relações de consumo. Desde quando foi criado, ele alterou completamente essas relações. Foi a partir da sua implementação que regras foram inventadas para melhoria dos trâmites entre consumidores e fornecedores.
O CDC, abreviação para o código de defesa do consumidor, está em vigor desde 1991 e é considerado um dos mais modernos do mundo. No Brasil, todos os cidadãos brasileiros ou naturalizados têm seus direitos garantidos por ele.
Quem são os consumidores e os fornecedores?
Os consumidores são aqueles que adquirem algo, podendo ser um serviço ou um objeto durável ou não-durável. Esses objetos duráveis são aqueles bens cuja utilidade é longa, como carros e eletrodomésticos. Os não-duráveis são aqueles que o consumo é rápido, como medicamentos e comida.
Os fornecedores, como já diz o nome, fornecem aos consumidores. Eles podem ser lojas, vendedores autônomos, empresas de energia e água, restaurantes, entre outros. É importante para os que ocupam essa posição ter o entendimento das normas do código, uma vez que é uma relação que funciona para ambos os lados.
Afinal, quais são os meus direitos?
Os direitos básicos do consumidor de acordo com o artigo 6º do capítulo III do código de defesa do consumidor são:
- Proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
- Educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
- Informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
- Proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
- Modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
- Efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
- Acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
- Facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
- (Vetado.)
- Adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral;
- A garantia de práticas de crédito responsável, de educação financeira e de prevenção e tratamento de situações de superendividamento, preservado o mínimo existencial, nos termos da regulamentação, por meio da revisão e da repactuação da dívida, entre outras medidas;
- A preservação do mínimo existencial, nos termos da regulamentação, na repactuação de dívidas e na concessão de crédito;
- A informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal como por quilo, por litro, por metro ou por outra unidade, conforme o caso.
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento.
Agora que você já sabe quais são os seus direitos, não deixe de ficar atento e recorrer sempre ao código quando necessário.
Texto: Beatriz Costa / Revisão: Nízea Coelho